A criança se
sente confortável vivendo no seu mundo imaginário, ao brincar vivencia a
brincadeira e se sente na situação imaginada de forma tão real como se a
estivesse vivendo. É natural e saudável a criança fantasiar. Até certa idade,
por volta dos sete anos, não há barreiras na mente dela entre a realidade e a
imaginação. Para ela tudo é real.
Uma vez que a
criança tem a mente aberta e entende como real o que ela vivencia na realidade
e na imaginação, é importantíssimo prestar atenção no que a criança lê,
assiste, vê, pois, para ela, tudo aquilo vai ser real. Então, o monstro da
história, o lobo mau, o vilão, o bichinho, o mocinho, a princesa e o herói são
tão reais quanto os pais, os irmãos, os professores e os amigos. Por essa razão
a literatura é tão importante na vida das crianças.
Os pais e
responsáveis devem, portanto, escolher sempre livros e filmes que estimulem a
criatividade, que tragam mensagens positivas, que tenham personagens bons e que
ensinem valores às crianças. Desse modo, ela criará crenças positivas sobre a
vida e sobre si mesma, crescendo com a autoestima fortalecida, com confiança,
segurança e com a certeza de sua capacidade de se relacionar de forma amorosa e
respeitosa com as outras pessoas.
Essas
imaginações e fantasias, esse mundo em que ela vive, são determinantes para a
toda a sua vida, pois vão moldar as crenças por meio das quais ela vai
compreender, se relacionar e agir consigo, com as outras pessoas e com o mundo.
Crianças expostas a livros, filmes, brinquedos, desenhos, novelas, com
conteúdos de violência, de tristeza e de maldade, vão recriá-los em seus
próprios mundos imaginários, recriando em sua imaginação histórias cujos
contextos são similares.
Essas crianças
vão crescer e reproduzir em sua adolescência e vida adulta esses comportamentos
e sentimentos negativos das mais variadas formas. Por exemplo, podem se tornar
pessoas inseguras, com dificuldade de se desenvolver plenamente, de se
relacionar de forma amorosa e respeitosa com os outros, tender a comportamentos
violentos, à tristeza, ao mau humor, à irritação, à impaciência.
Mas é
importante que os pais saibam que além de adquirir livros, filmes e brinquedos
com conteúdos positivos e que passem valores, é preciso interagir com a criança
utilizando esses materiais de forma divertida e lúdica, conversando com elas
sobre o que compreenderam das histórias, dos desenhos e filmes e como se
sentiram. Isso vai estimular a reflexão nas crianças e nos adultos também.
Os pais não
devem ter medo de ser diferentes das outras pessoas. Não importa se todos da
escola têm o brinquedo “X” ou o livro “Y”. Se a história, as ilustrações ou o
brinquedo remetem a conteúdos negativos, mesmo que esteja fazendo muito sucesso
na mídia, por exemplo, melhor não dá-los às crianças.
Destacamos,
também, que o exemplo dos pais na vida cotidiana é essencial para o
desenvolvimento da criança. Não adianta exigir dela um comportamento que eles
mesmos não têm.
Nossos livros
ajudam, então, a família a estabelecer e fortalecer o diálogo, pois a ideia
central de todo nosso trabalho é educar amorosamente. Ensinamos, por meio da
literatura, como a criança pode usar a sua mente, a sua imaginação, para criar
em seu próprio mundo imaginário situações com mais alegria, amor, confiança e
segurança, criando, desse modo, um mundo melhor para si na infância,
adolescência e vida adulta.
*Reportagem feita pelo Programa Papo de Mãe,
exibido no dia 28.10.12.
http://goo.gl/i104Iy
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